Se existisse um radar meteorológico no arquipélago da Madeira, teria sido possível prever com maior antecedência a forte precipitação que ontem se fez sentir e alertar as populações mais cedo, disse Maria João Frada, do Instituto de Meteorologia.
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O aviso vermelho para a Madeira só foi emitido às 10 horas de ontem. O presidente do Instituto de Meteorologia (IM), Adérito Serrão, anunciou ontem que irá pedir verbas para instalar, o mais rápido possível, um radar na região.
Os radares meteorológicos são usados na localização da precipitação, no cálculo do seu movimento, na estimativa do seu tipo (chuva, neve, granizo, etc.) e na previsão da sua intensidade e posição futura.
Portugal tem apenas dois radares: Coruche/Cruz do Leão e Loulé/Cavalos de Leão, que asseguram o centro e o sul do continente. Para 2012 está prevista a entrada em funcionamento de um radar no concelho de Arouca. Os Açores serão servidos pelo equipamento instalado pelos EUA na base área das Lajes.
O mau tempo de ontem foi causado por um sistema frontal de forte actividade com uma massa de ar quente associada, caracterizada por elevada instabilidade e transportando um grande conteúdo de vapor de água. Maria João Frada explicou que se trata de um fenómeno raro, de que não tem sequer memória.