A cooperativa ECG manifestou-se, esta quarta-feira, “muito preocupada” por ainda não ter recebido as verbas necessárias para avançar com a construção de casas para alojar 48 famílias carenciadas em Braga.
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A referida cooperativa apelou à intervenção da Câmara Municipal de Braga para interceder junto do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) no sentido de desbloquear o financiamento. Em causa está um investimento de 7,5 milhões de euros.
Na reunião de Câmara desta quarta-feira, no período reservado às intervenções do público, o dirigente cooperativo Manuel Moura disse que a ECG é um parceiro da Estratégia Local de Habitação de Braga com o objetivo de “construir respostas dignas e acessíveis” para 48 famílias. “Apesar da forte parceria local, enfrentamos bloqueios significativos do IHRU. Estamos a vivenciar enormes e preocupantes atrasos na obtenção dos apoios financeiros, prometidos e confirmados, que são cruciais”, afirmou.
Manuel Moura salientou que, tendo em conta que o prazo para a execução do projeto termina em junho de 2026, uma vez que são verbas provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), este atraso pode “colocar em causa” a resposta delineada, que já deveria ter começado a ser executada em 2024.
Câmara vai insistir com a tutela
“Solicitamos o apoio efetivo da Câmara de Braga no sentido de sensibilizar o IHRU para a necessidade de uma resposta célere e eficaz, desbloqueando as verbas”, pediu.
No final da reunião, em declarações ao JN, o dirigente disse que em causa está um investimento de 7,5 milhões de euros e que as construções serão feitas em Pousada, Vilaça e Crespos. “Já fizemos um investimento próximo dos 130 mil euros em aquisição de terrenos”, ressalvou Manuel Moura.
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, garantiu que o executivo camarário está “completamente solidário” com as preocupações manifestadas, que são também sentidas pelo próprio município e pela empresa municipal BragaHabit, e prontificou-se a “fazer força” junto das instâncias superiores, tanto o IHRU como o Governo. “Hoje, o IHRU, apesar do esforço hercúleo, é uma das instituições públicas que atingiram uma incapacidade de resposta completamente incompatível com as necessidades”, disse.