A Câmara Municipal vai ampliar as piscinas de Famalicão para poder alargar o programa desportivo destinado aos mais velhos, o "Mais e Melhores Anos". Atualmente são 4200 os seniores que beneficiam de atividades desportivas como hidroginástica, ginástica funcional, pilates ou ioga.
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"Mas há pessoas que não têm beneficiado e queremos que tenham essa possibilidade", notou Mário Passos, presidente da Câmara de Famalicão esta segunda-feira, na apresentação dos resultados do programa e do Boletim de Saúde Física da Pessoa Idosa. Por isso, o projeto para a ampliação das piscinas já está em marcha e "em breve" serão apresentadas as Academias Seniores, cujo objetivo é que os idosos realizem atividades diversas com o objetivo de "melhorara a saúde física e mental".
Entretanto, segundo um estudo realizado pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto os participantes no "Mais e Melhores Anos" apresentam indicadores superiores ao nível da força, dos síndromes geriátricos e toma de medicamentos do que a média de referência do país.
Por exemplo, segundo o estudo realizado por Daniel Gonçalves, professor da Faculdade de Desporto, "apenas 20% dos utentes do programa tomam cinco ou mais medicamentos, enquanto o valor de referência da população portuguesa está nos 30%".
Boletim com avalação física e menal do doente
O "Mais e Melhores Anos" começa agora, a ter uma nova organização com a implementação do Boletim de Saúde Física da Pessoa Idosa. É um documento onde vai constar a avaliação física e mental do utente, as doenças e os medicamentos.
A partir daí será delineado um programa de exercício específico para cada pessoa de acordo com as suas necessidades. Haverá ainda uma avaliação "regular" para monitorizar os resultados e adaptar o plano de treino, caso seja necessário.
O Boletim de Saúde Física da Pessoa Idosa reserva um espaço para comunicação entre o médico e o técnico de exercício que acompanha o utente. Para o diretor do agrupamento de centros de Saúde de Famalicão, Sá Machado o programa de exercício é uma "excelente ajuda" ao trabalho da medicina. "Os ganhos [em qualidade de vida] são óbvios", afirmou.