Moradores que ficaram sem casa após explosão de prédio tinham até esta sexta-feira para saírem do alojamento.
Corpo do artigo
14693896
Alguns dos moradores do prédio que explodiu, na Amadora, tinham até esta sexta-feira para saírem da pensão Primavera onde estão a viver temporariamente, mas vão continuar neste alojamento. "Disseram-nos que podíamos ficar mais uns dias e que segunda-feira voltamos a falar", conta Maria Fernandes, uma das desalojadas que ficou sem casa desde que o edifício onde vivia explodiu na sequência de uma fuga de gás. O imóvel ficou inabitável e precisa de obras profundas, ainda sem data para começar e deverão demorar um ano.
Dos 39 desalojados, 11 estão a viver na pensão. Carla Macedo e Maria Fernandes relataram ao JN, no início da semana, que têm sentido "pressão" para saírem deste alojamento por parte das assistentes sociais.
Responsabilidade
Segundo as desalojadas, as técnicas terão dito que tinham de sair até ontem, mas tal não se verificou. "Continuam a dizer que a responsabilidade de encontrar casa é nossa, mas deixaram-nos ficar", explicou Carla, que vive na pensão com o filho de 21 anos, com incapacidade de 85%.
A Câmara da Amadora disse ao JN que a informação de que os moradores tinham até ontem para saírem era "infundada" e garantiu estarem a trabalhar com a Segurança Social na procura de casas no parque privado.
Os ex-moradores do prédio dizem que "não é bem assim". "A ajuda é pouca. Dão-nos números para ligarmos, mas as rendas estão altíssimas", lamenta Maria.