A Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM) entregou hoje, sexta-feira, 110 mil euros, a fundo perdido, a 25 famílias para recuperação das habitações atingidas pelo temporal de 20 de Fevereiro, provenientes do Fundo de Reconstrução da Madeira.<br />
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Numa cerimónia nas instalações da empresa pública, o presidente da IHM, Paulo Atouguia, realçou que os atrasos que se estão a fazer sentir na assinatura dos contratos prendem-se com os apoios nacionais, porque, "ao contrário daquilo que nós gostaríamos", foi usado um programa diferente.
Revelou que o mais simples seria a região ter programas, nomeadamente o programa PRID - Programa de Recuperação de Imóveis Degradados -, através dos quais "esses apoios podiam ser canalizados, mas a decisão foi outra, foi canalizar através de um programa nacional, o Prohabita, mas que a nível de ajuda às famílias nunca funcionou a nível nacional".
O processo tem-se tornado ainda mais moroso devido a recentes alterações ao regime do rendimento social de inserção (RSI) que, a partir de 1 de Agosto, criaram a necessidade de pedir aos 125 processos já instruídos "os dados do RSI e do subsídio de desemprego, o que atrasou ainda mais o processo de ajudas", explicou.
Ainda assim, o responsável adiantou que as grandes intervenções necessitarão, sempre, de um apoio financeiro e "esperamos continuar a dá-lo, em ritmo acelerado, durante o mês de Setembro".
Na Madeira as recuperações têm sido feitas de acordo com a gravidade dos casos mas Paulo Atouguia reconheceu que "ainda há situações pendentes, nomeadamente a reabilitação de casas junto a leitos de cursos de água que vão implicar, antes da contenção da casa, a normalização dos cursos dos ribeiros, algo que está a ser feito", referiu.
"É preciso primeiro concluir esses trabalhos para depois ajudar a família a recuperar a sua casa", frisou.