FAP inaugura nova residência estudantil em setembro e aumenta oferta para 64 camas
A Federação Académica do Porto (FAP) vai inaugurar uma residência estudantil em setembro, que vai contribuir com 24 camas para ajudar a resolver os problemas de habitação dos bolseiros do ensino superior.
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O anúncio é feito no Dia Nacional do Estudante e, a juntar à já existente residência da Bainharia, também no Porto, ascende o número total de camas disponíveis para 64.
A nova Academia 24 do Marquês está já em condições habitáveis, mas vai ser alvo de uma requalificação para se enquadrar "dentro dos padrões considerados aceitáveis" pela FAP, como explicou o presidente do organismo, Francisco Porto Fernandes.
Situada na Praça Marquês de Pombal, no centro do Porto, uma das grandes vantagens da nova residência é a sua proximidade com o pólo universitário e com os vários meios de transporte, como o Metro e os autocarros da STCP.
Além dos quartos, onde os estudantes vão dormir, a Academia 24 do Marquês terá ainda zonas comuns, cozinha, salão de jogos, zona de estudo e outros espaços, de modo a que quem lá habita se "sinta em casa".
"Hoje, o principal principal entrave à frequência do ensino superior não são as propinas, é o alojamento. Um estudante, no Porto, gasta cerca de 400 euros por mês para alugar um quarto. Com esta iniciativa esperamos contribuir para a solução, de uma maneira que o Governo ainda não conseguiu", salientou Francisco Porto Fernandes.
Esta foi a forma encontrada pela FAP para ajudar alunos em situações mais frágeis, que serão reencaminhados para a Academia 24 pelas instituições de ensino, de modo a garantir que servirão quem mais necessita.
A nova casa dos estudantes localiza-se dentro de uma Instituição Particular de Segurança Social (IPSS), mas a gestão do espaço será feita pela federação estudantil. No entanto, apesar dos esforços, Francisco Porto Fernandes acredita que esta ajuda é curta para a necessidade existente.
"Temos 400 mil estudantes do ensino superior e cerca de 40% deles, ou seja, 160 mil, são deslocados, sendo que há menos de 15 mil camas disponíveis. Isto quer dizer que, mesmo que quiséssemos chegar a todos deslocados, que é uma coisa impossível e que nem é preciso, porque temos é de ajudar quem precisa, nós teríamos apenas 10% das camas necessárias", concluiu o presidente da FAP, que vive um sentimento de "missão cumprida" por estar a fazer "o que o Estado devia e não consegue".