A fatura da água vai descer em Vila do Conde. O novo tarifário, que entrou em vigor a 1 de janeiro, prevê descidas que rondam os dois euros para os consumos de 10 e 15 metros cúbicos. A presidente da Câmara, Elisa Ferraz, diz que são os "frutos" da muito criticada 3.ª alteração ao contrato de concessão, assinado com a Indaqua, concessionária do abastecimento.
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Em 2020, explica a autarca, o aumento previsto de 6% foi reduzido para 4%. Este ano, há "um decréscimo no seu valor", pelo que, frisa, os resultados do polémico aditamento, chumbado pela ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos), "estão à vista".
Contas feitas pelo JN, a redução mais significativa é mesmo na tarifa fixa, que, para consumos de 10 e 15 metros cúbicos (a maioria dos consumidores domésticos), baixa de 12,10 para 9,97 euros. Já a taxa variável desce dois cêntimos por metro cúbico. Assim, a fatura mensal para um consumo de água de 10 m3, passa de 22,84 para 22,97 euros (-2,13 euros) e, em 15 m3, de 28,41 para 26,27 euros (-2,14 euros).
Vila do Conde era, em 2020, segundo dados da ERSAR, o terceiro município com a água mais cara do país, atrás de Santo Tirso e da Trofa.
Com o 3.º aditamento ao contrato de concessão, aprovado em setembro de 2019, a Câmara aceitou reduzir a renda anual de 450 para 200 mil euros. Em troca, a Indaqua reduziu o aumento de tarifas e isentou os utilizadores domésticos do pagamento das ligações à rede. Com este acordo, foram ainda incluídas no plano de investimentos da concessão as freguesias de Bagunte, Outeiro, Ferreiró e Parada, cujo acesso à rede não estava previsto.