Isabel Nogueira quer dinamizar e apoiar agricultores. Tem loja onde vende produtos biológicos.
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Quando a Junta de Salreu, Estarreja, desenvolveu um projeto para impulsionar o cultivo de arroz na freguesia, uma cultura que tinha sido abandonada pela população, Isabel Nogueira inspirou-se e, em conjunto com o marido, Nuno Almeida, criou biscoitos de farinha de arroz. Mais tarde, decidiram abrir a loja de produtos biológicos de Salreu, onde são comercializados "produtos da terra" e se procura ajudar os agricultores a escoar o que sai dos campos, dinamizando a economia.
A ideia, explica Isabel Nogueira, começou quase como uma "brincadeira, por amor à terra" e pretende "divulgar Salreu", localidade onde se fixou e que sente como sua. "É muito bonita e merece ser conhecida", reforça.
Antes da abertura do estabelecimento, a empreendedora começou a comprar e a experimentar em casa, para selecionar os produtos que considerava mais adequados. Salreu, conta, "é um meio muito agrícola, com terrenos férteis e bons produtos agrícolas", o que lhe dá confiança. "Tentei criar um conceito diferente. Conheço as pessoas e o que vendo são coisas da terra, sem químicos", sublinha Isabel Nogueira.
A loja abriu há pouco mais de um mês, num espaço com traça rural que estava sem uso, na Rua Adou de Cima. No interior, há grãos diversos, sementes, farinhas (de arroz, milho e centeio) e chás (limonete, alecrim, hortelã, cidreira, entre outros), para além dos biscoitos. São produtos que recolhe em casa dos agricultores e que depois embala e acondiciona, dispondo na loja física e vendendo online, através da página de Facebook "Produtos Biológicos Salreu".
Pelo estabelecimento entram clientes locais, mas também pessoas vindas de outros concelhos, como Vagos e Aveiro, relata. "Foi uma surpresa" ter clientes de outras zonas, admite, explicando que as pessoas procuram a loja por ter coisas "locais e naturais". O arroz de Salreu também é muito "valorizado" e serve de "atrativo".