Fecho de praceta em Gaia por risco de colapso surpreende centenas de moradores e lojistas
A praceta Alferes Pereira, em Vila Nova de Gaia, foi encerrada devido ao risco de colapso "sem aviso prévio", disseram os moradores e comerciantes que temem pela "sobrevivência dos negócios" e pelo acesso a veículos de emergência.
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A faixa colocada numa das entradas da praceta, naquela por onde entravam até há uma semana carros de moradores, lojistas, clientes e até pais de crianças que frequentam a escola vizinha, refere: "Devido ao risco de colapso, a praceta será encerrada pelo período de 24 meses. Viaturas sujeitas a reboque".
No mesmo local - e exatamente ao lado de um poste onde está um sinal de trânsito que proíbe a passagem "exceto a veículos de emergência", como se lê numa placa que por cima diz "Propriedade privada" - foi colocada uma corrente com cadeado que impede a passagem dos veículos a um espaço onde estão localizadas cerca de uma dezena de lojas e três torres de apartamentos, cada uma com nove andares, num total de mais de uma centena de apartamentos.
Uma lojista contou à Lusa que a primeira vez que a praça esteve fechada foi há 19 anos quando "de facto foi arranjada". Depois "o circo repetiu-se, mas nunca com obras a sério, só avisos e ameaças colocados e tirados de um dia para o outro".
A agência Lusa procurou obter informações junto das empresas gestoras de condomínio das várias infraestruturas da praceta, nomeadamente junto da Boagest, apontada pelos moradores como responsável pela maioria das frações, assim como junto da Câmara de Gaia, mas sem sucesso até ao momento.