A Feira de Gastronomia de Vila do Conde, que acaba este domingo, tem fama e público fiel. É reconhecida pela qualidade. Os petiscos da Madeira estão entre os atrativos.
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A 24.ª Feira de Gastronomia de Vila do Conde tem registado boa afluência e já possui “um público fiel”. No certame, que só tem mais um dia antes do fecho, João Carlos, da “Doçaria Marota”, está num dos 70 stands espalhados pela Avenida Júlio Graça.
“Só faço feiras de artesanato e gastronomia e esta é das melhores. Tem sempre muita adesão e gente que vem todos os anos. Aqui procuram qualidade e a qualidade vende sempre”, diz João Carlos. “Maminhas de noviça”, “bolas do sacristão” e “bocado do abade” são alguns dos nomes que fazem sorrir quem chega. São quase todos à base de gemas, inspirados nos seculares doces conventuais.
João Carlos faz os doces ali mesmo, no stand, “fresquinhos todos os dias”. O primeiro fim-de-semana foi bom. “Depois, vieram umas noites frias, que afugentaram um bocadinho, mas, na quarta-feira, parou o vento e já se notou mais movimento”, continua o pasteleiro, natural de Odivelas.
Peixe-espada com banana
Ao centro da feira, José Pereira também não se pode queixar. É dono do restaurante “Do Dia P’ra Noite”, situado em Santa Cruz, na Madeira, que, por estes dias, se divide entre a ilha e Vila do Conde. É um dos cinco restaurantes regionais do evento.
“Está a correr mais ou menos”, refere, também ele apontando o dedo ao S. Pedro. É que os restaurantes são num “coberto” ao ar livre e, estando frio, “as pessoas desistem”. Depois, explica, há outro senão: “É que para quem vem das ilhas a logística é complicada. É preciso trazer os produtos de barco e encarece tudo”. Por ali, fazem sucesso o peixe-espada com banana, a espetada em pau de loureiro e as lapas. À sobremesa, ganha o bolo do caco. Entre os clientes, maioritariamente portugueses, há muitos emigrantes.
“As alheiras são o que mais vendemos e, logo a seguir, todos os enchidos de porco bísaro. As pessoas vêm comprar o que não conseguem encontrar com qualidade aqui na zona no resto do ano”, diz Cátia Fernandes, de 31 anos e de Mirandela.
Espalhados pelos jardins da avenida, os stands de produtos regionais têm oferta variada: do pão aos enchidos, passando por queijos, compotas, ervas aromáticas, azeite, chás e infusões, até aos vinhos, espumantes e licores. Há ainda petisqueiras e tabernas com cerveja artesanal e vinho a copo.