Feira do livro de Viana foge à nortada e segue para 3ª edição entre quatro paredes
A antiga feira do livro, que se realizava no jardim público de Viana do Castelo, regressa este ano para uma 3ª edição entre quatro paredes.
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O certame com a designação de "Ler em Viana- Festa do livro e das artes", organizado pela câmara de Viana do Castelo, vai decorrer entre 20 e 28 de abril, distribuído por três espaços: o centro cultural da cidade, recinto principal que contará com a presença de 32 livreiros, os antigos paços do concelho e a biblioteca municipal.
Além da novidade de dois novos locais de atividade, o evento terá menos dias, mas mais horas durante o dia (entre as 14.30 e as 23.30 horas) para permitir vistas das escolas dentro do horário letivo. A programação inclui nesta edição, uma exposição sobre os 50 anos do 25 de abril, sessões de lançamento de livros, conferências, oficinas, encontros com escritores, cientistas e artistas, espetáculos, teatro, concertos. Entre os convidados para os vários momentos estão nomes como Alfredo Cunha, Carlos Tê, Catarina Mourão,
Francisco Moita Flores, Mário Augusto, Pedro Mexia, Pedro Lamares, Manuel Sobrinho Simões e João Ramalho Santos. No que toca a concertos, as propostas passam por Aldina Duarte (dia 20, 21.30 horas) e Cara de Espelho (dia 27, 21.30 horas).
A lotação máxima é de 300 lugares e os bilhetes com um custo de 5 euros já estão à venda na BOL.pt (Bilheteira Online) ou podem ser adquiridos na bilheteira do Centro Cultural no dia do concerto. Para Rui Faria Viana, diretor da biblioteca municipal de Viana do Castelo, o novo formato adotado, após saída do jardim público onde o certame se realizou durante décadas, é "uma aposta ganha".
Segundo aquele responsável, o centro cultural "dá mais dignidade ao livro e salvaguarda os livreiros", do que aquele espaço ao ar livre sujeito "a chuva e nortada" no mês de abril. Questionado pelos jornalistas na conferência de apresentação do evento, sobre o facto de existirem outras feiras do livro ao ar livre, como Lisboa e Porto, Rui Faria Viana, respondeu: "Não vamos comparar as tardes [da feira do livro] de Lisboa, com as nortadas aqui no jardim, que há dias que não se para. Penso que estas atividades devem ser adaptadas ao espaço e às condições que temos".
Também o Vereador da Educação e Cultura, Manuel Vitorino, considerou que o evento "é um modelo consolidado pelos indicadores e pela intencionalidade, que passa por melhorar os índices de literacia da população".
"Este é um festival literário em torno dos livros e da palavra, com o objetivo de formar públicos", realçou, afirmando que o Ler em Viana e o Contornos da Palavra, iniciativas que cuja programação acontece em paralelo, deverão conquistar cerca de 25 mil pessoas.