A Câmara de Santa Maria da Feira anunciou nesta segunda-feira um segundo concurso público para obras no Castelo, aumentando o preço-base em cerca de 800 mil euros face ao primeiro procedimento, que ficou deserto.
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Agora, segundo avançou presidente da Câmara à agência Lusa, o concurso terá um preço-base de aproximadamente 3,8 milhões de euros. Aliás, ao primeiro procedimento apresentou-se apenas um concorrente que excedeu precisamente em quase 800 mil euros o valor então definido, pouco mais de três milhões de euros. Por essa razão foi excluído, sendo o concurso encerrado sem candidaturas válidas.
A empreitada visa intervir em todo o Castelo e melhorar os seus espaços e circuitos de visitação, prevendo a construção de duas salas que, na tenalha, permitirão a realização de atividades independentes do restante funcionamento do edifício, classificado como Monumento Nacional desde 1910.
"É uma obra muito específica e não há muitas empresas da especialidade disponíveis", explica o autarca social-democrata. Assim, dado o rigor exigido na obra e o constante acompanhamento da Direção-Geral do Património Cultural, Amadeu Albergaria antecipa um concurso que, mesmo à segunda tentativa, deverá contar com poucos concorrentes. Em todo o caso, para esse projeto, a câmara também está a ultimar uma candidatura a financiamento comunitário, na expectativa de obter até dois milhões de euros de comparticipação.
NOVA ESCOLA
A Câmara da Feira anunciou também o lançamento de um concurso com preço-base de 13,5 milhões de euros para construir a nova Escola Básica Feira Centro. Trata-se do projeto anunciado para a morada da antiga EB 2/3 Fernando Pessoa, que está desativada há longos anos e cuja propriedade o Estado aceitou passar para a autarquia, após uma longa negociação, mediante uma permuta de imóveis com a nova EB 2/3 Fernando Pessoa, de construção recente.
O objetivo da Câmara é construir um equipamento com 16 salas para o 1.º Ciclo e quatro para o ensino pré-escolar, dotado ainda de refeitório, sala polivalente, auditório, biblioteca, um recreio "com o que há de mais moderno ao nível das ciências da educação" e um pavilhão gimnodesportivo que, além dos alunos, possa servir também as associações locais e a comunidade em geral.
"Será um dos maiores centros escolares do país e uma obra de referência arquitetónica", diz Amadeu Albergaria, que estima o investimento necessário para o efeito em 13,5 milhões de euros e adianta que tem já garantidos 11 milhões cofinanciados ao abrigo de programas envolvendo a Área Metropolitana do Porto.