Incentivo ao encontro entre empresários e quem não tem trabalho.
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Com o desempregado a aumentar de mês para mês, intensificam-se as iniciativas para ajudar quem está sem emprego a encontrar trabalho. Esse é o intuito da Feira do Emprego e da Carreira do Seixal, que termina hoje no parque exterior do Rio Sul Shopping.
"É promover o encontro entre empresários e desempregados. No fundo, é mexer com o tecido empresarial do concelho e agitar as águas para que seja dada maior oferta aos desempregados", explicou ao JN Amália Pratas, do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) de Arrentela, uma das entidades organizadoras.
Criado em Setembro de 2008, o CLDS tem vindo a receber cada vez mais pedidos de ajuda. "Todos os dias há situações novas de pessoas que ficam desempregadas", adianta Amália Pratas, frisando que já tem 650 inscritos.
Os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional indicam que no final de Fevereiro estavam inscritas no centro de emprego 7397 pessoas do concelho do Seixal.
A tenda da feira, com espaço para 28 empresas, instituições e escolas de formação profissional, foi bastante procurada por desempregados, recém-formados e até por quem procura novo emprego. "Vou inscrever-me onde der, porque não se sabe de que ramo me chamam. Isto está muito difícil e, por isso, tenho de ver se consigo qualquer coisa", refere Madalena Domingos, de 39 anos. Enquanto se inscrevia numa empresa de trabalho temporário, a angolana residente em Portugal há dez anos confidenciou que está sem emprego há três, tendo apenas o rendimento mensal do marido e os 87 euros do abono dos filhos para para pagar as contas.
"Para quem não tem experiência isto está mesmo difícil", realça Natacha Fernandes, de 20 anos, que munida de currículo e certificados resolveu tentar a sua sorte, dado que terminou no ano passado um curso profissional equivalente ao 12º ano e ainda não conseguiu trabalho.
Já Ezequias Barbosa, de 43 anos, quer um novo emprego, por já ter experiência suficiente para novas aventuras. "Estou a trabalhar, mas procuro outro trabalho, com um novo salário", refere. Motorista de pesados, pretende percorrer estradas europeias em vez de se restringir a Portugal.