As Feiras Novas, romaria do concelho de Ponte de Lima, acabam de ser inscritas pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI).
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A informação foi avançada, esta quarta-feira, pela Câmara de Ponte de Lima, que refere, em comunicado, que a inscrição ainda será oficializada através de publicação em Diário da República.
"A decisão favorável da DGPC traduz-se no reconhecimento público da pertinência das Feiras Novas", aponta a Autarquia, lembrando que a designação "Feiras Novas" remonta a 1826, "ano da autorização oficial por Provisão Régia da Chancelaria de D. Pedro IV, que permitiu o alargamento da festa para três dias – enquanto reflexo da comunidade ponte-limense, espelhando a identidade de um povo arraigado na terra, na ruralidade e na devoção à Senhora das Dores".
No mesmo comunicado, a Câmara liderada por Vasco Ferraz indica que o processo de "registo da expressão cultural foi iniciado em 2016 pelo anterior executivo do município de Ponte de Lima, em estreita colaboração com os principais elementos organizadores, encetando um rigoroso trabalho de investigação com vista à sua inventariação na plataforma MatrizPCI". O pedido de inscrição foi concretizado em 2017, tendo o mesmo já, com o atual executivo, sido "aperfeiçoado".
A Autarquia considera que a concretização da inscrição como Património Cultural Imaterial foi "um importante e significativo passo para a salvaguarda" das festas concelhias de Ponte de Lima, "garantindo, desta forma, a sua projeção e fortalecendo a sua valorização".
Anualmente, as festividades, realizadas no segundo fim de semana de setembro, arrastam muitos milhares de pessoas para a vila de Ponte de Lima. A festa é conhecida por ser "romaria de noite e de dia", dada a sua extensão pela madrugada. As concertinas e cantares aos desafios são um dos emblemas das Feiras Novas.