Ferido após rixa com seguranças da Metro do Porto

A rixa aconteceu no final da semana passada. António Alves Moreira conta que estava andar na linha, vestido com um fato de treino preto e um gorro na cabeça, "roupas que podem ter levado os vigilantes a pensar que se tratava de um toxicodependente". Não era o caso. Ouviu um apito ao longe, mas não ligou. De repente, "apareceram dois seguranças da Prosegur a arfar atrás de mim e agarraram-me os braços, sem me explicarem o que se passava".

"Quando os questionei, disseram-me que lhes faltei ao respeito, que não liguei ao apito e começaram a insultar-me", recorda. António Moreira admite que reagiu aos insultos e que atirou com uma pinha a um dos vigilantes. "Levei um soco na cara de um deles", continua.

Apresentou queixa à GNR da Maia, chamada ao local, e foi assistido no Hospital de S. João, no Porto. O diagnóstico de saída da Urgência hospitalar indica um traumatismo da face e do pescoço. "Nunca me senti tão humilhado na minha vida", desabafou António Moreira.

Contactada pelo JN, fonte da Metro do Porto, não confirma a versão. A empresa do metro, depois de contactar a Prosegur, alega que António Moreira estava a andar dentro do túnel, onde a linha de metro desvia para o aeroporto, o que não é permitido por questões de segurança.

Segundo a mesma fonte, foi o maquinista de uma composição que alertou o posto central de comando para o facto de estar um homem a caminhar no túnel. Por sua vez, o comando avisou os vigilantes da estação que foram atrás de António Moreira.

Este terá mostrado resistência para sair do túnel, o que segundo a Metro do Porto, levou os seguranças a chamar a GNR. António Moreira, por seu turno, diz que foi ele quem exigiu a presença das autoridades no local.

A Metro do Porto refere ainda que a única agressão que ocorreu foi perpetrada por António Moreira contra um dos vigilantes.