A pequena aldeia de Cidões, no concelho de Vinhais, transforma-se na noite deste sábado num palco de trasgos, deusas e outras figuras fantásticas e míticas, como o diabo e o Druida, durante a Festa da Cabra e do Canhoto.
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A tradição com origem celta resgata ao esquecimento um costume associado a Samhain, uma comemoração anterior ao cristianismo na Europa.
O Samhain é a festa dos espíritos que marca a entrada na estação escura, ou seja, no inverno. Trata-se de uma tradição milenar que nunca caiu no esquecimento nesta pequena aldeia do concelho de Vinhais, mas que, nos últimos anos, graças ao trabalho da Associação Raízes d'aldeia de Cidões, cresceu e passou a atrair milhares de pessoas.
“A localidade com apenas 20 habitantes transforma-se no palco de uma grande festa que conta com um cortejo celta, com todas as pessoas da aldeia, acompanhados pelo grupo de Teatro Filandorra e os Gaiteiros D’Onor”, conta uma fonte da organização.
Queima do Diabo
Nas várias tasquinhas, além das bebidas típicas desta festividade, nomeadamente o vinho, a sangria e os licores celtas, pode comer-se o guisado de cabra machorra (infértil), que representa a mulher do diabo que não deu qualquer descendência.
O ponto alto das festividades é a queima do diabo numa fogueira onde arde o canhoto. “Ao final da noite, queima-se o “cabrão” figura escultórica com sete metros de altura, construída pelos alunos e pelos professores do Grupo Disciplinar de Educação Visual e Educação Tecnológica do Agrupamento de Escolas D. Afonso III- Vinhais, a par de cabrões em miniatura”.