Pelas ruas de S. Pedro da Silva, no meio do nevoeiro, passeava, este domingo, um cortejo, com dois casais, o velho mascarado e a matrafona galdrapa, mais dois jovens bailadores e três gaiteiros. Trata-se da Festa do Velho e da Galdrapa, uma celebração que marca o início das Festas dos Rapazes em Miranda do Douro.
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Manter estes festejos vivos requer esforço por parte da população desta aldeia que tem perdido habitantes. “A tradição está cada vez maior e vem mais gente de fora, como fotógrafos, investigadores e curiosos”, explicou Alfredo Cameirão, da organização. O principal objetivo é preservar a tradição, mas “pode ajudar a hotelaria por trazer visitantes”, acrescentou.
Parecia Carnaval, mas os mirandeses sabiam bem que não é, porque são celebrações mais associadas ao Natal.Trata-se de um festejo dedicado a Santa Luzia, preparatório do grande ciclo dos 12 dias no distrito de Bragança, que começa 25 de dezembro e termina a 6 de janeiro, no dia de Reis, a época por excelência das Festas dos Rapazes no Nordeste Transmontano e em Zamora.
São festas que celebram santos católicos, mas os rituais são pagãos associados à fertilidade.