Chegou ao fim o diferendo entre a população de Lavra, Matosinhos, e o padre da vila, e a procissão de Nossa Senhora de Fátima vai sair à rua em agosto com os santos adorados pelos pescadores.
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Após quase mês e meio marcado pela polémica, por um protesto pacífico, um abaixo-assinado, muitas emoções à flor da pele e reuniões na Diocese do Porto, houve fumo branco e o diferendo que opunha a população de Lavra, em Matosinhos, ao pároco local chegou ao fim: a imagem de Nossa Senhora de Fátima que está no altar da igreja há de sair na procissão que a 11 de agosto desaguará na praia de Angeiras, para benzer os barcos em que todos os dias os pescadores da vila arriscam a vida.
O anúncio foi feito na noite desta terça-feira, na página de Facebook da comissão de festas, a qual se demitira em bloco a 13 de maio, assumindo, dessa forma, a discordância com a decisão do padre António Sousa, que então proibira a saída da igreja das imagens que há mais de 80 anos integravam a procissão - incluindo a de Nossa Senhora, de quem o povo é devoto -, pretendendo substituí-las por outras. A decisão acabaria por ditar a suspensão das festas de Lavra, que vão agora ser retomadas.
Adiantando que “ a nova comissão de festas já assumiu funções”, os elementos que a integram revelam, no comunicado tornado público nas redes sociais, que “a procissão irá realizar-se nos mesmos moldes dos anos anteriores”. Ou seja, com o desfile, pelas ruas de Lavra, até à praia, das imagens que se encontram na igreja da vila e que há várias décadas fazem parte das festas em honra de Nossa Senhora de Fátima.
A comissão tem, agora, pouco mais de um mês para retomar o trabalho interrompido em maio e fazer as festas, que se revestem de grande simbolismo para a população de Lavra, onde se inclui o núcleo piscatório de Angeiras.