Em dia de negócio "fraquinho" na feira de S. Cosme, Gondomar, comerciantes lançaram críticas à presença de "tantos" candidatos numa manhã só.
Corpo do artigo
"Fico triste de ver aqui tanta gente só durante as campanhas". O desabafo de um comerciante na feira semanal de S. Cosme, foi dito nesta quinta-feira ao candidato do PSD/CDS-PP à Câmara de Gondomar, Jorge Ascenção, depois de naquele mesmo corredor já ter passado a comitiva da CDU. Nessa mesma altura, Chega e BE estavam a entrar.
Com uma feira "fraquinha" por ser "já a meio do mês", também a captação de eleitorado - com alguns vendedores a assumirem que votavam em concelhos vizinhos - pouco "rendeu" aos candidatos.
"Não há uma canetinha?!", perguntou uma vendedora de sapatos a Cristina Coelho, daCDU, que enquanto lhe entregou um panfleto lhe respondeu: "Não! Só ideias".
Propostas, essas, que passam pela habitação, "setor onde menos investimento houve nos últimos oito anos", disse a candidata.
Daí que a comunista defenda a elaboração da Carta Municipal da Habitação, "tornando público e atualizado um levantamento das situações de habitação degradada e abarracada, insalubre e com sobrelotação, definindo prioridades e metas a alcançar".
"Proteger a habitação é uma prioridade do Bloco de Esquerda", lia-se nos panfletos que Bruno Maia andava a distribuir na feira.
Além da manifesta intenção de querer ver aumentada a habitação social, o bloquista colocou a tónica na criação de "direitos de preferência e quotas para populações mais vulneráveis, como "portadores de deficiência, pessoas com mais idade com problemas de locomoção e vítimas de violência doméstica".
"Casas miseráveis"
Com a máquina do partido artilhada com música, bandeiras, canetas para oferecer, e até réplicas de boletins de voto para elucidar onde colocar a cruz no próximo dia 26, Jorge Ascenção apontou que o atual Executivo "não construiu uma única casa, deixando degradar muito do património".
Para o candidato da coligação PSD/CDS-PP a aposta passa "por investir na recuperação das muitas casas que estão miseráveis", preocupado que está nos "mais de mil pedidos de habitação social".
Também Rafael Corte Real , da Iniciativa Liberal, defende "um investimento sério na requalificação dos conjuntos habitacionais", acrescentando que "é inaceitável que persistam situações como a praga de baratas no bairro Mineiro, a falta de segurança no bairro da Lomba ou a degradação da Urbanização das Areias".
Acompanhado do candidato Silvino Paiva, numa ação de rua na Foz do Sousa e Covelo, Marco Martins respondeu esta quinta-feira às críticas, focado nos "sete mil pedidos de casa" que havia quando chegou ao Município, tendo reduzido para "1150". Referiu ainda que muitas famílias foram apoiadas pelo programa "+ Habitação" e que a Estratégia Local de Habitação "vai permitir construir e recuperar 1400 fogos para renda acessível".
O JN tentou, sem sucesso, obter uma reação do PAN.