O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, formalizou, esta quinta-feira, a sua candidatura à autarquia, entregando em tribunal mais de 15 mil assinaturas, mais 50% do que as necessárias. O movimento "Fazer à Porto" vai avançar a todos os órgãos municipais, com um total de 300 candidatos.
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Foram mais de 15 mil as assinaturas que o movimento "Fazer à Porto" entregou, esta quinta-feira, no Palácio da Justiça para formalizar a sua candidatura a todos os órgãos do município do Porto. Segundo enfatizou o candidato à Câmara do Porto, Filipe Araújo, o número representa um "excedente de 50%" face ao total de assinaturas exigidas pela Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais.
Segundo o movimento, as assinaturas foram recolhidas entre 13 de julho e 13 de agosto, ou seja, durante um mês. "Este número de assinaturas, recolhidas em tempo recorde, demonstra a enorme vontade dos portuenses de continuarem a ter uma gestão autárquica independente. Com este volume de assinaturas, tivemos ainda mais a certeza de que a cidade não quer voltar para trás", considerou Filipe Araújo.
O candidato referiu ainda que "os dados sobre as assinaturas são animadores, mas são sobretudo uma responsabilidade". Durante semanas, andámos nas ruas, falámos com as pessoas, olhos nos olhos, e ficou claro que os portuenses não querem partidos, não querem autarcas com os pés em Lisboa, querem uma equipa que coloca os interesses do Porto sempre em primeiro lugar", defendeu o vice-presidente da Câmara do Porto.
Recorde-se que, em 2021, o atual presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, entregou em tribunal 23 mil assinaturas, um "excedente de 72%" também conseguido no espaço de um mês, para formalizar a sua candidatura a um terceiro e último mandato.
Para Filipe Araújo, a obrigatoriedade de os grupos de cidadãos reúnirem propunentes "representa mais um obstáculo à participação cívica e política dos cidadãos, a que se soma, por exemplo, a exigência de pagamento de IVA, algo que os partidos políticos estão isento".
O movimento encabeçado pelo vice-presidente da Câmara do Porto vai concorrer a todos os órgãos municipais (Câmara, Assembleia Municipal e juntas de Freguesia), com um total de 300 elementos a comporem as suas listas, tal como Rui Moreira, há quatro anos.
