A companhia Peripécia produziu um documentário que homenageia os operários têxteis do vale do Ave, que na década de 1970 fundaram um grupo de teatro amador para mudar consciências. Estreia esta quinta-feira no Cinema City Alvalade, em Lisboa, e fica em exibição até 9 de outubro.
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Sérgio Agostinho, diretor artístico da Peripécia Teatro e narrador do filme, diz, ao JN, que a longa-metragem "Operário Amador" surgiu da "necessidade" de contar a história do grupo do pai e de outros operários do setor têxtil. Na década de 1970, criaram a companhia "Teatro Construção", em Joane, no concelho da Vila Nova de Famalicão.
"Foi o grupo em que eu comecei a ver e a fazer teatro. Talvez tenha sido a morte do meu pai, há uns anos, que me levou a pensar que a história se iria perder com ele e com os colegas. Entendi que seria interessante dar conhecer esta história que eu achei belíssima e insólita", explica Sérgio Agostinho.
O facto de ser a Peripécia, uma companhia de teatro, a criar "Operário Amador", de acordo com o responsável, "teve sentido. Na história "fala-se de teatro e da paixão pelo teatro". Portanto, entendeu-se, dentro do grupo sediado em Vila Real, que "valia a pena desenvolver o documentário".