Atendimentos na repartição só por marcação são alvo de queixas de discriminação de contribuintes e de autarcas.
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Maria Amélia Silva olha para a porta fechada da repartição de Finanças da Póvoa de Varzim e não hesita no desabafo. “É uma vergonha. Não tem jeito nenhum”. À entrada, o letreiro não engana: “Atendimento apenas por marcação”. Ou seja, o serviço continua como durante a pandemia da covid-19 e quem agendou tem de formar fila do lado de fora. A situação está a indignar população e autarcas.
“Deve ser o único departamento do país que ainda está de porta fechada, quase um ano depois das medidas da pandemia terem terminado”, afirma Ricardo Cunha, funcionário de jogo no casino poveiro. É a segunda vez em pouco mais de uma semana que precisa de recorrer ao serviço. Na primeira “fez barulho” e acabou atendido. Desta vez, marcou. Em poucos minutos, a fila de espera cresce: uns têm atendimento marcado, outros, como Maria Angelina Costa, vieram “ao engano”.