O incêndio que deflagrou em Piódão, no concelho de Arganil, no distrito de Coimbra, entrou este domingo em resolução, ao fim de 11 dias, refere a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
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O fogo em zona de mato teve início na madrugada de dia 13 de agosto, em Piódão, tendo alastrado a vários concelhos vizinhos, atingindo os distritos de Guarda e de Castelo Branco e consumido mais de 57 mil hectares.
Poucos minutos depois das 12.50 horas, estavam nas operações de rescaldo 1292 operacionais, apoiados por 432 viaturas e seis meios aéreos, informa a ANEPC.
Àquela hora, Portugal registava 25 incêndios florestais e em mato, que envolviam um total de 2339 operacionais, 744 viaturas e 14 meios aéreos.
Na página de Facebook, o Município de Arganil informa que, na freguesia de Piódão, o levantamento dos danos causados pelo incêndio realiza-se nos dias 25 e 26 de agosto.
"A equipa vai ser acompanhada por membros das comissões e associações das respetivas localidades, não estando previstas sessões com local e horário fixos. O levantamento será realizado diretamente com os proprietários afetados", refere a nota da autarquia.
A Câmara Municipal de Arganil aconselha a que os visados apresentem documentos relativos às propriedades, sempre que possível, e as fotografias dos prejuízos. "Caso não possa estar presente, indique alguém para o representar", acrescenta.
O risco de incêndio mantém-se máximo ou muito elevado em vários concelhos, sobretudo no interior norte e centro, apesar de a meteorologia prever uma pequena descida da temperatura máxima.
Os fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual dispõe de dois aviões Fire Boss, um helicóptero Super Puma e dois aviões Canadair.
Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.