<p>Um armazém de artigos chineses situado em Murteira, no concelho de Benavente, foi ontem devorado por um incêndio de grandes proporções, que obrigou à intervenção de 16 corporações de bombeiros e 90 homens, mas do qual não resultaram feridos, apurou o JN. As origens do fogo vão agora ser investigadas pela Polícia Judiciária.</p>
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Segundo Miguel Cardia, comandante dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia, o incêndio deflagrou pouco antes das 16 horas num dos vários edifícios que compõem a zona industrial, tomando rapidamente "proporções muito elevadas". Ao JN, o responsável explicou que, perante a "envergadura" das chamas, os bombeiros foram obrigados a avançar para uma estratégia de defesa, efectuando o combate pelo exterior do edifício.
"A cobertura colapsou e as paredes também. Não oferecia segurança para os bombeiros, não só pelo risco de queda de materiais, como pela carga térmica. Daí a escolha de uma estratégia de defesa", sublinhou Miguel Cardia.
De acordo com o comandante, nenhum outro armazém próximo esteve em risco. "Tudo à volta esteve sempre salvaguardado. É uma zona industrial perfeitamente ordenada", garantiu, acrescentando que não houve quaisquer problemas no acesso à agua por parte dos bombeiros.
Miguel Cardia revelou que a "propagação violenta" se deveu, sobretudo, ao material combustível que havia no interior e ao vento que se fazia sentir, acrescentando que as operações de rescaldo seriam muito demoradas.
O JN apurou que o edifício atingido pelo fogo era constituído por cinco compartimentos, três dos quais, com artigos chineses, ficaram totalmente destruídos. À hora a que foi dado o alerta de incêndio no armazém chinês, encontravam-se algumas pessoas no interior, mas saíram para a rua, avançou o comandante da corporação de Samora Correia. O incêndio lavrou até depois das 19 horas e grande parte dos meios permaneceu no local durante a madrugada para evitar reacendimentos.