<p>Uma imensa nuvem de fumo negro, visível a muitos quilómetros de distância, cobriu ontem, segunda-feira, os céus de Famalicão. Um incêndio destruiu por completo um armazém de matérias-primas da Continental/Mabor. Durante horas os bombeiros combateram as chamas. Veja o vídeo.</p>
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Foi um grande susto para moradores e empresários daquela zona. "Se algum dia pensava que tinha uma bomba destas perto da minha casa!", desabafou uma residente, sem arredar pé do local.
O fogo no armazém da empresa de pneus, apesar de controlado, continuou bem vivo durante a noite, com chamas altas e uma enorme coluna de fumo escuro. Na sequência das operações de combate, três bombeiros tiveram de ser assistidos: dois sentiram-se mal e outro ficou ferido no tórax. Apesar disso nenhum inspirava grandes cuidados.
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O incêndio deflagrou cerca das 14.30 horas no armazém da Mabor que albergava borracha e produtos químicos, como resina. Muitas horas depois, continuava activo. Centenas de pessoas acompanharam as operações de combate às labaredas.
"A minha filha passou aqui e disse que cheirava a queimado mas não viu chama nenhuma. Passados uns minutos, quando vim cá fora, já vi isto em chamas e muito fumo negro", contou Silvino Miranda, trabalhador da Mabor. À medida que o fogo avançava, o perímetro de segurança era alargado pelas autoridades.
"Inicialmente tentámos atacar o incêndio com espuma em grandes quantidades e água. Mas, devido à matéria combustível e à elevada temperatura, não havia condições de segurança", explicou o comandante Vítor Azevedo, dos Bombeiros Voluntários de Famalicão, que foram auxiliados por mais seis corporações.
"Avançámos então para uma segunda estratégia, que implicou reposicionar os meios, proteger as construções e terrenos contíguos e garantir a segurança do pessoal. Até porque se trata de uma combustão isolada, deixámos que a matéria fosse consumida", disse.
Vítor Azevedo não deixou de considerar "estranho" que, no mesmo dia, quase à mesma hora, e apenas a cerca de um quilómetro, tivesse deflagrado um outro incêndio numa fábrica desactivada. Foi extinto de imediato. Até porque, segundo disse, nenhum dos locais tinha laboração contínua. As causas do fogo estão por apurar. A PJ irá investigar.