O incêndio em Mação, distrito de Santarém, que chegou a ameaçar a sede de concelho e várias aldeias, entrou esta quinta-feira de madrugada em rescaldo.
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"O incêndio finalmente está a dar tréguas, pode-se considerar que neste momento não existe, estamos a entrar em rescaldo nos pontos mais críticos que aconteceram durante a tarde e a noite", disse à Lusa o vice-presidente da Câmara, António Louro.
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As chamas lavravam em Mação desde domingo, depois de terem alastrado do concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, sendo este um dos fogos que inspiravam maior preocupação.
Ao início da madrugada, o presidente da Câmara, Vasco Estrela, deu conta de uma acalmia da situação, mas sublinhou a existência de "pontos críticos".
"Neste momento já não há grandes pontos críticos. Os pontos de maior vigilância são à aldeia de Mantela e junto à vila de Mação, mas estão meramente em vigilância, não há chamas", garantiu, pelas 04.15 horas, António Louro.
No concelho de Mação neste momento não há incêndio ativo
"No concelho de Mação neste momento não há incêndio ativo", sublinhou, acrescentando não haver registo de feridos no concelho.
Os habitantes retirados das aldeias estão a regressar às suas casas. "Começámos a devolver às suas casas parte da população que tínhamos retirado, isto sempre que estejam reunidas as condições necessárias de segurança", referiu o vereador Vasco Marques.
Segundo o autarca, seis pessoas já regressaram e entre 20 e 30 moradores estão agora a regressar.
De acordo com o vereador Vasco Marques, que falou aos jornalistas junto ao posto de comando, existem ainda pequenos pontos que "dão preocupação, que podem evoluir positiva ou negativamente dependendo das condições atmosféricas". Os locais mais preocupantes são as localidades de Maxieira e Montela e a Serra dos Bandos.
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As próximas horas vão exigir "muito trabalho de consolidação" das ações de rescaldo por se tratar de uma área ardida muito grande e que "qualquer pequeno reacendimento pode-nos trazer mais um dia de grande aflição".
A situação chegou a ser classificada como "muito preocupante" pelo vice-presidente da autarquia quando, na quarta-feira de manhã, a sede do concelho correu o risco de ser confrontada com uma das frentes de fogo. As aldeias de Santos, Aldeia de Eiras, Castelo e São José das Matas também estiveram em risco.
Segundo a autarquia, o incêndio destruiu mais de 15 mil hectares, quase metade da área florestal do concelho.