<p>Um violento incêndio destruiu três casas em Provesende, Sabrosa, e desalojou sete pessoas que viviam numa delas. Não houve feridos. Supõe-se que o fogo começou numa tomada com ligações a mais na casa habitada.</p>
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As chamas deflagraram já passava das oito da noite de domingo e não tardou muito até tomarem as três residências, coladas umas às outras, uma delas um solar brasonado com cerca de três séculos e cuja fachada foi recuperada no âmbito do programa das Aldeias Vinhateiras.
Maria Fernanda vive nas traseiras do prédio e foi ela que deu o alerta, já que àquela hora não havia ninguém na casa destruída que era habitada por cinco adultos e duas crianças. "Cheirou-me a queimado, fui à porta e já vi o prédio envolto em chamas.
Corri até ao quartel do Bombeiros e eu mesma toquei o alarme", contou, ao JN.
Num instante acorreram ao incêndio os bombeiros da freguesia, mas, apesar da rapidez da intervenção, apenas conseguiram evitar que o fogo se propagasse às habitações contíguas. "Dada a dimensão do incêndio tivemos de recorrer ao apoio de corporações vizinhas (Sabrosa, Pinhão e Vila Real)", realçou o comandante dos bombeiros de Provesende, Ilídio Pinto.
O presidente da Junta de Freguesia, Fernando Silva, confirma a "rapidez" da intervenção dos soldados da paz, mas ao mesmo tempo a impossibilidade de controlar rapidamente o fogo. "Àquela hora e com o frio que faz, estava toda a gente em casa. Quando foi detectado já era um mar de chamas", disse.
António Monteiro, familiar dos inquilinos da casa onde deflagrou o incêndio, já estava na cama quando foi dado o alerta. Vive mesmo ao lado e foi num rápido que se levantou com receio que o lume levasse tudo a eito. "A casa tinha muita madeira e por isso ardeu rápido", nota, lamentando que os seus familiares tenham ficado apenas "com a roupa que tinham no corpo. Mesmo assim foi uma sorte não estar lá ninguém". Os desalojados foram acolhidos por familiares, até ser encontrada outra solução.
Ontem à tarde, findo o rescaldo, Ilídio Pinto acompanhou técnicos da Câmara de Sabrosa numa visita aos imóveis para tentar apurar as causas do sinistro, suspeitando-se de "excesso de carga numa tomada eléctrica".