Uma combustão lenta na cobertura da fábrica de seca de bacalhau Lugrade, em Torre de Vilela, Coimbra, terá estado na origem do reacendimento do incêndio que destruiu as instalações na quinta-feira.
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"Durante a noite, o incêndio foi dado como controlado e esteve durante toda madrugada. Às cinco horas houve uma reativação, que se deveu ao facto de haver uma combustão lenta na cobertura, que não permite o combate sem retirar a estrutura e estávamos a aguardar um equipamento específico para a retirar em segurança durante o dia", explicou o comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, Paulo Palrilha, completando que o incêndio deflagrou "pelas sete horas, quando houve uma explosão de fumos e gases".
Segundo Paulo Palrilha, a situação foi corretamente avaliada, sendo que a cobertura não podia ter sido retirada na quinta-feira à noite por razões de segurança. "Havia muita água e quem a retirasse corria risco de vida", apontou.
O fogo, que começou nas câmaras frigoríficas na quinta-feira pelas 21 horas, foi dado como controlado cerca de uma hora depois, mas reacendeu na manhã desta sexta-feira, consumindo toda a fábrica.
O incêndio entrou em fase de rescaldo por volta do meio-dia.
No local estiveram corporações de todo o distrito de Coimbra e ainda de Pampilhosa, Mealhada, Anadia e Mortágua.
Em comunicado, a Lugrade já garantiu que nenhum dos 60 postos de trabalho daquela unidade está em perigo.