Incêndios de 2017 destruíram barreira de proteção e deixaram habitantes que residem próximos do mar com mais frio no inverno e mais calor no verão. Culturas também afetadas.
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Sete anos depois dos incêndios no Pinhal de Leiria, que destruíram 86% da área da principal mata nacional do país, os habitantes das povoações da Marinha Grande e de Leiria situadas mais próximas do mar sentem mais frio no inverno e mais calor no verão. As áreas de cultivo também foram afetadas pela falta da barreira natural formada por milhares de pinheiros com 12 a 15 metros de altura.
Residente a poucos quilómetros do mar, em Sanguinhal, Marinha Grande, Joaquim Ferreira, 72 anos, conta que, desde 2017, o frio se tornou “cortante” e passou a estar sempre vento. “Antes, não. Mesmo que fizesse vento, não se sentia, porque éramos abrigados pelos pinheiros”, conta. “Nunca mais produzi como antigamente. As coisas não se criam.”