<p>Duas vezes eleito pelo PSD para a Junta de Santo Tirso, José Graça Martins, que ainda cumpre mandato e, há um ano, assumiu uma candidatura independente às autárquicas, deverá avançar agora como candidato do CDS/PP ao município tirsense, confirmou o próprio, ao JN.</p>
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A escolha terá gerado desconforto nas respectivas distritais, e foi a do próprio CDS a cancelar a conferência de Imprensa agendada para a última sexta-feira, na qual seria anunciado o seu nome.
A concelhia confirma a opção mas não diz se esta foi ou não aprovada pela distrital. "Não posso responder. Mas [a conferência de Imprensa] foi adiada por alguma razão", disse, ao JN, Jorge Costa. Apesar de não haver data para o anúncio formal, o membro do CDS de Santo Tirso salvaguarda: "Nada se alterou da nossa parte. Mantemos a posição. Consideramos que é um homem bom e que reúne as condições para nos representar. Não é um politiqueiro. É uma pessoa com um passado impoluto".
Para a concelhia do PSD trata-se, porém, de um "comportamento reprovável, quer do CDS, quer de José Graça. Não diria o mesmo se ele se tivesse demitido. Não o fez. Continua a ser presidente de junta eleito pelo PSD", critica o líder da concelhia "laranja". Alírio Canceles considera que, "se esta candidatura se vier a consumar, poderá beliscar as excelentes relações entre as distritais". A concelhia do CDS e José Graça desvalorizam a questão. "Essa guerra não existe", afirmou Jorge Costa, referindo que a escolha "foi muito ponderada". Graça afirma: "Desde que o PSD apresentou o seu candidato, considero-me de mãos totalmente livres". O JN tentou, sem êxito, contactar Álvaro Castelo Branco, líder da distrital do CDS, para apurar se esta apoia ou não o candidato escolhido pela concelhia de Santo Tirso.