Depois de quatro meses de obras, a Fonte dos Leões, no centro do Porto, voltou a funcionar na manhã desta terça-feira. A reabilitação devolveu-lhe o verde de origem e dotou-a de um sistema mais eficiente em termos de poupança de água. À noite, em ocasiões especiais, será possível vê-la com luzes de cores diferentes.
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Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara, presidiu a um ato simbólico em que se devolveu aos portuenses a fonte "mais icónica da cidade", como referiu. Situada em frente à Reitoria da Universidade do Porto, a estrutura foi construída em finais do século XIX (entrou em funcionamento em 1886) e tinha uma função escondida, que era diminuir a pressão da água nas condutas da rede de abastecimento.
Hoje ponto de atração de turistas e estudantes, em particular os da Academia do Porto, a Fonte dos Leões acabou por, ao longo dos tempos, emprestar o seu nome ao local em que está instalada, que se denomina Praça de Gomes Teixeira.
A obra visou eliminar a corrosão e melhorar os sistemas de circulação da água e de iluminação, tendo sido aplicada uma pintura com componentes próprios para preservar o metal e instalada tecnologia LED. A fonte está agora ligada, através de rede "wireless", ao centro de operações da empresa municipal Águas e Energia do Porto, o que vai permitir uma atuação mais rápida, por exemplo, em caso de perdas de água. O investimento rondou os 27 mil euros.
António de Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto, tem o gabinete virado para aqueles quatro leões alados. Lembra que a fonte faz parte "do imaginário da cidade" - em particular para os estudantes que vivem ali vários rituais da vida académica - e não receia que os excessos da movida ou o aumento do turismo possam danificá-la. "Já resistiu a tanta coisa que não vai ser isso que a vai deitar abaixo", gracejou.