O Forte de S. João Baptista, construído entre 1669 e 1704, em Esposende, vai transformar-se num Centro de Divulgação Científica e Cultural. A nova vida deste monumento integrará três áreas: o Centro Interpretativo do Parque Natural do Litoral Norte, o Museu D. Sebastião e um espaço de exposições temporárias.
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Na apresentação pública do projeto, que foi um desafio pela génese do edifício e pela ausência de registos que possibilitasse dar suporte às decisões a tomar, o presidente da Câmara lembrou tratar-se de "um trabalho de anos", que começou em 2018. Nessa altura, o município teve de pagar ao Estado 204 mil euros por uma concessão por 50 anos.
"Abre-se, desta forma, ao usufruto da população, ao conhecimento e à cidadania, um espaço situado numa zona nobre de Esposende, num quadro de requalificação integral da zona ribeirinha da cidade”, salientou Benjamim Pereira.
O autarca acrescentou, ainda, não ter dúvidas de que “o Centro de Divulgação Científica e Cultural irá afirmar Esposende na área da divulgação científica e cultural e da preservação histórica da memória coletiva do nosso povo”.
Três espaços num só
O Centro Interpretativo do Parque Natural do Litoral Norte ficará instalado numa das alas do edifício e englobará um conjunto de funcionalidades integradas, nas vertentes da investigação e exposição do património natural existente, quer na parte terrestre quer na marítima.
Na zona reservada às exposições de maior dimensão, dedicadas ao Património Cultural e à Arqueologia Subaquática, ficará acomodado o espólio do Achado de Belinho, resultante do naufrágio de uma embarcação quinhentista, que fará a ligação com a ala destinada ao Museu D. Sebastião, monarca intimamente ligado a Esposende, por ter concedido a autonomia administrativa, em 1572, através de Carta Régia.
A valência dedicada a exposições temporárias marca este espaço agregador, proporcionando uma dinâmica quotidiana e condições para a realização de outros eventos. Terá ainda um auditório e uma cafetaria.