A 27.ª edição da Viagem Medieval, em Santa Maria da Feira, termina amanhã, domingo, com a organização a considerar que o evento é já “um marco para a cultura portuguesa”.
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Neste último dia, os visitantes ainda vão a tempo de apreciar todo ao ambiente medieval e as recriações históricas, onde se destaca o “menino rei” e uma novidade gastronómica que tem feito as delícias de quem prova.
O evento que recria acontecimentos da nossa nacionalidade na Idade Média é sobejamente conhecido pelas mega recriações que envolvem cenários de cavaleiros e lutas destemidas. Junta-se a sempre apreciada gastronomia, com o porco no espeto e uma sangria no topo da lista.
Mas, neste último dia, os visitantes têm, ainda, a oportunidade para conhecer outras novidades deste ano. É apelidado de “menino rei” e está a destacar-se desde o primeiro dia da Viagem Medieval. Francisco, 10 anos, veste a pele de D. Afonso, coroado rei com apenas seis, após a morte de seu pai, D. Duarte. O “Chico” demonstra ser um menino especial, cativante e de sorriso contagiante.
Este menino rei todas as noites percorre o Terreiro das Guimbras em direção ao pai, D. Duarte [às portas da morte], envergando as suas vestes claras que sobressaem na escuridão. “Um anjinho nas trevas”, ouve-se no público.
Trata-se da única criança entre os 140 atores e figurantes do grande formato “Cerco de Tânger” e, garante a organização, “é tratado como um verdadeiro rei: com respeito, com admiração, com proteção”. O menino também é rei no espetáculo “Alevantamento por D. Afonso” e integra os cortejos de domingo montado a cavalo.
Se o menino rei cativa o visitante, os “Coruchéus”, doce artesanal com três cremes de recheio disponíveis criado por Alexandre Silva, 40 anos, chef feirense, é já um sucesso. Inspirada nos coruchéus da torre de menagem do Castelo da Feira, tem como base a massa da genuína Fogaça da Feira, guarnecida com três opções de recheio: creme de limão; creme de ovo com amêndoa torrada; e creme de leite com canela. Se quiser provar a iguaria, pode fazê-lo este domingo no Largo do Rossio.
“A Viagem é um marco histórico para a cultura de Santa Maria da Feira e de Portugal”, afirma o presidente da Câmara Municipal, Amadeu Albergaria.
O autarca cimenta a sua opinião, referindo-se aos números que envolvem a iniciativa. “Este ano destaca-se a qualidade da animação que tivemos e que contou com 110 eventos diários e 648 horas de animação”. “Nos espetáculos estiveram a trabalhar diariamente 1130 pessoas, entre coreógrafos, atores, figurantes, dançarinos, músicos e técnicos”.
Ainda a terminar a Viagem, “o balanço é extremamente positivo, com os objetivos da organização a serem cumpridos”, lembrando que contou com “muito público todas as noites e com melhores condições para usufruírem da Viagem”.