À espera, desde o início de novembro, que seja convocada a assembleia de freguesia então pedida para discutir a separação de S. Martinho e Santiago de Bougado, na Trofa, o movimento que há seis anos luta pela desagregação lamentou, nesta terça-feira, que o processo não avance.
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“Infelizmente, Santiago de Bougado e São Martinho de Bougado nada têm a festejar já que, injustamente, não fazem parte do rol das freguesias que hoje [terça-feira] ficaram a saber que irão desagregar”, afirmou, em comunicado, o Movimento por Santiago de Bougado, referindo-se ao resultado da votação do grupo de trabalho da Assembleia da República constituído para analisar os pedidos de desagregação. No entanto, os membros do Movimento garantem que “a luta pela desagregação vai continuar, até que justiça seja feita”.
No comunicado, o Movimento por Santiago de Bougado congratula as populações de Guidões e Alvarelhos, na Trofa, “pelo sucesso da justa luta que travaram em prol da restauração das suas freguesias”. Um resultado que “só foi possível porque os órgãos autárquicos da atual União de Freguesias – Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia – souberam interpretar democraticamente a vontade dos habitantes das duas comunidades, fazendo chegar à Assembleia Municipal da Trofa uma proposta nesse sentido, que esta aprovou e enviou à Assembleia da República”.
“Nesse processo, o Movimento por Santiago de Bougado não pode deixar de reconhecer a forma exemplar e absolutamente democrática como o Senhor Lino Maia, atual presidente da Junta da União de Freguesias, soube estar em todo o processo. Contrariamente a outros, soube corresponder aos anseios e interesses das populações que o elegeram, mostrando que esteve e está na política não para servir os seus interesses, ou uma qualquer agenda pessoal, mas para atuar no respeito pelo bem comum”, sublinha o Movimento, aludindo, assim, à “oposição” da Junta de Bougado ao processo de desagregação.