A freguesia de Gualtar, em Braga, diz ter direito à categoria de vila por ter 5639 eleitores, acolher o polo local da Universidade do Minho, o hospital da cidade, um centro de saúde, escolas, creches, jardins de infância, património cultural e equipamentos desportivos.
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O processo passa, na segunda-feira, pela reunião da câmara local onde é votado. Se vier a ser aprovado na Assembleia Municipal e no Parlamento, o concelho passa a ter duas vilas, depois de a primeira, a de Palmeira, ter sido aprovada, na sexta-feira, pelos deputados em Lisboa.
Ao JN, o presidente da Junta, João Vieira, do PS, disse que, em si mesma, a elevação a vila não trará qualquer vantagem, nomeadamente financeira: “é apenas uma questão de classificação e de valorização do património e da identidade da comunidade local. Mas, a verdade é que o último census populacional mostra que somos uma das freguesias que mais cresceu no país”, sublinhou.
Com base na lei, acrescentou, “a Junta entregou na câmara um processo de análise e fundamentação, que incluiu uma contextualização histórica, a caracterização socioeconómica e cultural da localidade, e a apresentação dos requisitos legais exigidos para esta alteração de estatuto”.
Nos documentos, o autarca diz que a região cumpre dois terços dos requisitos legais, incluindo a presença de serviços públicos essenciais, instituições de ensino e saúde, património cultural e equipamentos sociais e desportivos, entre outros.
Entre os elementos apresentados, constam fotografias e localizações das infraestruturas, assim como documentação que comprova o número de eleitores e a aprovação unânime da proposta pela Assembleia de Freguesia a 30 de novembro de 2024.
A caracterização da freguesia inclui um enquadramento geral, resenha histórica e localização geográfica, bem como os serviços essenciais existentes, as vias de comunicação e transporte, a evolução demográfica e a caracterização habitacional e populacional. É ainda efetuada uma súmula da atualidade da freguesia, destacando, nomeadamente, o património cultural edificado, os locais e eventos de interesse público, o equipamento social, a atividade económica nos seus diversos setores, bem como o movimento associativo na vertente social, cultural e desportiva.