Um funcionário da Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de Leiria, apresentou uma queixa na PSP por assédio contra Tatiana Santos, diretora de serviços, por o importunar com o envio constante de mensagens escritas, entre 1 de agosto e 8 de novembro de 2024.
Corpo do artigo
O clima de intimidação levou Gian Edmundo a demitir-se. Entretanto, já saíram mais três pessoas da APPDA.
No auto de denúncia, a que o JN teve acesso, Gian Edmundo, 30 anos, relata que as mensagens "sem nexo" se intensificaram em agosto, quando se separou da companheira. Tatiana Santos chamava-o ao gabinete, quase todos os dias, para lhe fazer perguntas sobre a sua vida pessoal, o que o deixava incomodado, e "perseguia" quem se relacionava com ele. Tentou afastar-se dela, mas esta alterou os métodos de trabalho, para que fossem obrigados a manter contacto.
Quando Gian Edmundo deixou de responder às mensagens, como sucedia até então por temer represálias, Tatiana Santos pediu-lhe satisfações, e ele disse que não tinha gostado que ela tivesse gritado com as colegas. No dia seguinte, foi chamado pelo presidente e pela vice-presidente da APPDA, Paulo e Elisabete Santos, a quem falou nas mensagens "indesejáveis" enviadas pela filha, situação que diz ter causado "transtorno e embaraço".