Funcionário de 25 anos morre em explosão na Faculdade de Ciências da Nova de Lisboa
Um jovem de 25 anos morreu numa explosão num contentor de testes de pressão, onde decorria uma experiência no ramo aeroespacial, dentro do Campus da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa, no Monte da Caparica, em Almada.
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A vítima, de nacionalidade portuguesa, era funcionária da Omnidea, empresa de investigação aeroespacial que ocupava atualmente o edifício em que ocorreu a explosão.
O alerta foi dado às 12.45 horas desta quinta-feira, avançou a Proteção Civil de Setúbal. A origem da explosão é desconhecida. Sabe-se que estava a ser realizada uma experiência relacionada com investigação aeroespacial dentro de um contentor afastado dos restantes edifícios da universidade e semelhante aos dos navios de carga.
O comandante dos Bombeiros Voluntários da Trafaria, Afonso Rocha, contou ao JN que, à chegada dos bombeiros, "estava uma vítima em paragem cardiorrespiratória, que tinha sido retirada de dentro do contentor por dois colegas que sempre estiveram no exterior a acompanhar uma experiência". "Apesar das manobras de reanimação, o óbito da vítima, que estava inconsciente, foi declarado no local pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do INEM", adiantou.
De acordo com o responsável, um dos colegas que tentaram salvar a vítima teve de receber assistência hospitalar por se encontrar em choque. Além disso, segundo avançou a Proteção Civil, uma equipa de psicólogos do INEM foi mobilizada para o local, onde assistiu cinco pessoas.
De acordo com o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil de Setúbal, ao local acorreram 20 elementos dos bombeiros voluntários da Trafaria, INEM e GNR, apoiados por oito viaturas. Uma equipa de inativação de explosivos da GNR está a realizar peritagem no local para despistar novos focos de explosão. O perímetro de atuação desta equipa foi alargado para espaços além do contentor onde houve a explosão mortal.
A Polícia Judiciária de Setúbal está a deslocar-se para o local a fim de realizar perícias. A investigação poderá passar para a Autoridade para as Condições do Trabalho, visto que se tratará de um acidente de trabalho.