Funcionários da Schmitt+Sohn em greve por recusa da empresa em negociar condições
Os funcionários da Schmitt+Sohn Elevadores, sediada em Leça do Balio, estão a cumprir o último de três dias de greve, devido à recusa da empresa em negociar as condições dos contratos laborais. Aumento dos salários de 15%, atualização do subsídio de alimentação e redução do horário são algumas da reivindicações.
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Durante três horas, juntaram-se cerca de 70 trabalhadores na luta para serem ouvidos pela administração da empresa germânica. O dirigente sindical da Schmitt+Sohn Elevadores João Lamarão explicou que o caderno de reivindicações elaborado tem como único objetivo salvaguardar os direitos dos colegas e a "valorização de quem já deu mais de 20 anos à empresa".
"Caso esta situação se mantenha vamos continuar com a luta. Não estamos a impor nada, apenas queremos negociar e a administração recusa-se a ouvir-nos. Esta sexta-feira teremos um plenário à hora de almoço para perceber qual é o próximo passo", revelou o dirigentge sindical.
As reivindicações pedidas pelos funcionários são claras. Um aumento salarial de 15%, atualização do subsídio de alimentação para 12 euros diários, redução progressiva dos horários de trabalho para 35 horas semanais, além da criação da quinta diuturnidade e aumento do valor das mesmas, num mínimo de 50 euros por mês.
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) também esteve presente na greve dos funcionários da Schmitt+Sohn Elevadores e, por intermédio do seu secretário-geral, Tiago Oliveira, explicou que estas reivindicações são fulcrais para a qualidade de vida dos funcionários.
"Temos de perceber que o aumento do custo de vida tem um grande impacto na vida destas pessoas. Da habitação, aos bens de primeira necessidade e aos transportes tudo está mais caro. Por isso, a proposta unilateral por parte da empresa de um aumento de 50 euros não é significativo tendo em conta as necessidades existentes", explicou Tiago Oliveira.
Além das reivindicações supracitadas, os funcionários pedem ainda a criação do subsídio de função no valor de 35 euros mensais, bem como atribuição de 25 dias de férias e a implementação de uma folga no dia de aniversário.
O JN contactou a empresa, que não quis prestar declarações.