Manuel Colaço Dias, a primeira vítima de nacionalidade portuguesa a ser conhecida nos atentados de Paris, no passado dia 13, será enterrado este sábado no cemitério de Corte do Pinto, concelho de Mértola, a sua terra natal.
Corpo do artigo
O taxista, de 63 anos, morreu nas imediações do Stade de France, na sequência da explosão de um bombista suicida, quando aguardava por três clientes que transportara para o recinto, para assistir ao jogo particular entre a França e a Alemanha.
O corpo de Manuel Dias chega ao Aeroporto de Lisboa na noite desta sexta-feira, cerca das 23 horas horas, sendo depois transportado por uma agência funerária de Mértola para a Igreja de Corte do Pinto, onde se espera que chegue cerca do meio-dia.
Depois de rezada a missa de corpo presente, o funeral realiza-se às 15 horas, no cemitério da aldeia alentejano.
Emigrado há 40 anos em França, o filho do "Joaquim Barreno", como era conhecido, regressava a Corte do Pinto, todos os anos em agosto, por altura das festas da aldeia, como o tinha feito este ano.
No dia seguinte aos atentados de Paris e conhecida a morte de Manuel Colaço Dias, foi o JN, que através de uma fotografia da vítima, o identificou perante o presidente da Junta de Freguesia, João Venâncio, e que levou a notícia aos 320 habitantes da aldeia.
Primeiro foi Rui Palma, 64 anos, um antigo colega de escola de Manuel Dias, e depois Manuel Afonso, 77 anos, o amigo que trata da casa que o malogrado emigrante mantinha na aldeia, ainda que esteja para venda.
Na vizinha Mina de São Domingos, Manuel Costa, proprietário de um café, foi emigrante e grande amigo de Manuel Dias. "Era um excelente companheiro, fizemos boas farras", lembrou.
Manuel Colaço Dias, nasceu a 28 de abril de 1952, em Corte do Pinto, concelho de Mértola. Era casado com Elia Maria Gonçalves Dias. Rem dois filhos, um rapaz de 34 anos e uma rapariga de 32 anos. Emigrante há cerca de 40 anos, Manuel Dias era taxista.