Um simples furo de água está a atrair atenções em Chaves. Tudo porque a água é termal, está a 75 graus e, por isso, liberta uma densa nuvem de fumo. Muitos flavienses acorrem ao local, nas imediação das caldas, julgando tratar-se de um incêndio. Mas, onde há fumo, nem sempre há fogo.
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A Câmara de Chaves está a executar um furo de água para aumentar o caudal do balneário termal e da piscina municipal. A captação já tem uma profundidade de 190 metros, mas deverá chegar aos 250. O caudal da água chega aos 350 mil litros por hora, sendo o normal 20 a 25 mil litros.
Mas, não é a intervenção em si que está a captar a atenção dos flavienses, mas sim a forte libertação de vapor de água.
A nuvem de fumo que se gera é de tal modo densa que são muitos os que se dirigem ao local para ver e tirar fotos do que consideram um "fenómeno raro". O trânsito para nas imediações e nas varandas dos prédios circundantes há "espetadores" assíduos.
"Isto é espetacular. Um dia destes, uma amiga minha pensava que andava tudo a arder nas caldas e eu ri-me porque já sabia o que era", disse José Nogueira.
Se a "fumaraça" continuar, opinou Jorge Ribeiro que fez uma pausa de dois minutos no passeio para assistir ao "espetáculo", ainda "muita gentinha" vai ficar aflita a pensar que anda mesmo um incêndio na cidade.
Sofia Teixeira, de 16 anos, aproveitou a falta de uma professora para vir tirar fotos e pôr nas redes sociais. "É muito fixe, já tinha ouvido falar", afirmou.
O presidente da autarquia, António Cabeleira, revelou que a obra vai durar cerca de um mês e tem um investimento de cerca de 150 mil euros.
Um responsável da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) explicou que a água brotar a 75 graus é "perfeitamente normal" dado Chaves ter uma falha geotérmica.