Fusion Fuel declara insolvência em Portugal e deixa 100 postos de trabalho em risco
A fábrica da Fusion Fuel, em Benavente, declarou insolvência na passada semana devido à falha de um investimento de 31 milhões de euros. A subsidiária portuguesa da empresa irlandesa, inaugurada em 2023 por António Costa, tem salários e pagamentos em atraso e deixa em risco 100 postos de trabalho.
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A empresa de Benavente, especializada em eletrolisadores para projetos de hidrogénio verde, abriu em 2022 e foi inaugurada oficialmente por António Costa em 2023. No entanto, um ano após da inauguração, a subsidiária portuguesa da empresa irlandesa, cotada em Wall Street, está completamente parada, depois de, na semana passada, ter declarado insolvência.
Segundo avançou o "Jornal de Negócios", esta segunda-feira, o processo de insolvência resulta da falha de um investimento de 33,5 milhões de dólares (cerca de 31 milhões de euros), que deveria ter sido realizado até 30 de setembro, pela empresa Hydrogenial, detida a 100% pelo empresário alemão Norbert Bindner.
"Não estávamos à espera disto. Estávamos a falar com vários bancos, mas quando fechámos com um novo investidor abandonámos essas conversações. Sem financiamento, a unidade de Portugal não sobrevive", afirmou Frederico Figueira Chaves, CEO da Fusion Fuel Portugal.
Além disso, o CEO da empresa de Benavente acrescenta que há pagamentos em atraso, tanto a fornecedores como aos 100 trabalhadores, que ficam agora em risco de perder o emprego.
Processo contra diretor da Hydrogenial
A Fusion Fuel terá já avançado com um processo legal para pedir uma indeminização à Hydrogenial e a Norbert Bindner, que se tinham comprometido a comprar quase 44 milhões de ações da Fusion Feul Green, com garantias de adquirir mais 13 milhões de ações, dando-lhes uma posição de 70%.
Segundo o Jornal Negócios, o processo deu entrada no Juízo Central Cível de Lisboa, a 6 de novembro. A mesma publicação avançou, ainda, que a Fusion Fuel exige 27 milhões de euros de indeminização.