<p>A assembleia de credores da empresa de construção civil da "Urbanop", sediada na Póvoa de Lanhoso, realizada anteontem foi inconclusiva. A grande maioria dos credores pediu para enviar por escrito a sua posição sobre o plano para viabilização empresa tendo um prazo de seis dias para o fazer.</p>
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No entanto, o sindicato dos trabalhadores da construção civil do distrito de Braga "está muito apreensivo" com este plano. Segundo José Maria Ferreira, "o plano é dúbio". Para além da confusão do número de empregados a dispensar, não há qualquer referência a quem vai ser despedido nem a que indemnizações têm direito.
"Deu-me a impressão de que os credores que têm o maior valor em dívida se mostraram inclinados para votar favoravelmente a viabilização da empresa, mas teremos de esperar".
No entanto, a maior apreensão de José Maria Ferreira prende-se com o número de empregados a despedir. Segundo o sindicalista, da primeira sessão, há quatro meses, para a sessão de ontem, o número de trabalhadores passou de 297 para 210, isto é, "foram mandados embora 87.
Ora o plano prevê numa folha despedir mais 51, em 2010, "mas na folha a seguir já diz que serão 40%, ou seja, 84". Por isso, José Maria Ferreira tem "um pé atrás" sobre este plano: "O sindicato está apreensivo e não está totalmente convencido deste plano porque acha que é muito penalizador para os trabalhadores.
No final da próxima semana, e depois da entrega das votações por escrito, novos dados poderão surgir sobre esta questão.