População mostra-se confiante com solução encontrada pela Autarquia para evitar retirada de corpos.
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Até o marido, José, morrer, em 2019, Otília Cerqueira, de 80 anos, nunca tinha pensando na possibilidade de também ela um dia vir a ser cremada. Agora, à conta da polémica em torno do cemitério de Triana, em Rio Tinto – que ditou a condenação da Câmara de Gondomar a ter que devolver o terreno onde estão sepultados 1028 mortos aos proprietários, tendo, entretanto, a Autarquia iniciado um processo de expropriação da parcela para evitar esse fim – a idosa não tem dúvidas que “a melhor coisa que deixará dita à filha” é que também quer ser cremada.
“Quando for preciso tirar os mortos, pego no potinho onde estão as cinzas do meu marido e levo-o embora”, disse Otília, ao presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que este sábado voltou a ir ao cemitério “acalmar” a população”. “Já não precisa de fazer isso!”, sossegou o autarca para “alívio” da viúva.