Futuros “doutores” pelo interior do país a fazer rastreios de risco cardiovascular
Pedro Barata, de 21 anos, e Matilde Ribeiro, de 22, ambos estudantes do 4º ano de Medicina do Instituto de Ciencias Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), estiveram sentados, este sábado de manhã, junto à porta da Loja Rural de Paredes de Coura, a convidar quem passava para participar num rastreio de risco cardiovascular.
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Trata-se de uma iniciativa, promovida pela associação de estudantes (AEICBAS) daquele instituto, chama-se “Med on tour” e que, este ano, tem cerca de 180 estudantes no terreno, distribuídos por 20 municípios do interior do país. O objetivo é contactar com populações “de zonas subvalorizadas do ponto de vista dos cuidados de saúde prestados”, e, ao mesmo tempo, levar os alunos a praticar Medicina “em contexto real”. E até quem sabe, “convencer” alguns a escolher no futuro uma região afastada dos centros urbanos para trabalhar.
“Não vou mentir, numa fase inicial vejo-me a trabalhar numa grande cidade. Para aprender é melhor estar com os mais experientes, mas sinceramente depois, acho que, com família, em zonas como esta tem-se uma vida mais saudável. Conhece-se toda a gente, o envelhecimento é mais saudável. Vejo-me a vir com a minha família”, afirmou a futura “doutora” Matilde Ribeiro, natural do Porto e que em 2924 já tinha participado nos rastreios em Mesão Frio.