A Escola Superior de Enfermagem do Porto abriu as portas a alunos do ensino secundário e profissional. Cerca de 200 estudantes visitaram a escola e muitos deles admitiram que já pensaram na hipótese de emigrar, tendo em conta que a profissão "é desvalorizada no país" e as remunerações no estrangeiro são mais elevadas.
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Cerca de 200 alunos de escolas e colégios, de Vila do Conde a Ovar, conheceram nesta terça-feira "os cantos da casa", guiados por estudantes da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP) dos 3º e 4º anos de licenciatura, que deixaram alguns alertas para que os futuros estudantes saibam com o que poderão ser confrontados nos quatro anos de licenciatura e responderam às várias questões colocadas pelos visitantes.
João Silva e Rafael Santos, alunos do 12º ano da Escola Secundária D. Afonso Sanches, em Vila do Conde, explicaram que a vontade de "ajudar os outros e cuidar de quem já não pode cuidar de si mesmo" e de "ter um papel importante na comunidade" são as motivações para seguir esta profissão. Ambos lamentam já terem sofrido algum preconceito pela decisão e dizem que o facto de os rapazes estarem em número minoritário, desde logo, no dia aberto, agrava o estigma.