A novidade é recente e a decisão ainda não é definitiva, mas os moradores de São Pedro da Afurada, em Gaia, já comentam a boa nova e anseiam pela mudança. Ao fim de 11 anos de casamento, São Pedro da Afurada irá divorciar-se de Santa Marinha, após o pedido de desagregação ter sido aprovado pelo Parlamento.
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“Acho muito bem que a Afurada seja só nossa”, afirma Maria Silva, de 57 anos. Enquanto limpa a bancada de peixe que tem à sua frente, com a ajuda da prima Teresa, Maria conta que nos últimos anos, desde que foram obrigados a casar com os vizinhos de Santa Marinha, as “coisas não correram muito bem” e que os “filhos” da Afurada acabaram por ser “esquecidos”.
“Uma coisa é ter um ‘pai’ em duas casas, que lutará por 50% dos interesses de cada um dos lados, outra coisa é ter um ‘pai’ sempre presente, que luta a 100% pelos nossos interesses”, sublinha numa alusão à presidência a irmã de Maria, Lúcia Silva, que apesar de já não viver na freguesia, diz-se afuradense “de corpo e alma”.