A Câmara de Vila Nova de Gaia aprovou, esta segunda-feira, junto de um fundo imobiliário, o arrendamento de dois pavilhões na Estrada Nacional 222 onde instalará as Oficinas Municipais, projeto que visa "melhorar a operacionalização" dos serviços.
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Em causa está um projeto já anunciado a 28 de novembro, aquando da sessão que serviu para apresentar o Plano e Orçamento de Vila Nova de Gaia para 2023.
Hoje, por unanimidade, foi aprovado em reunião de Câmara o contrato promessa de arrendamento para fins não habitacionais de bem futuro, com condições resolutivas, entre o Município de Gaia e o Fundo Especial de Investimento Fechado Gaia Douro.
De acordo com a explicação do presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, ao fundo caberá comprar os pavilhões que serão arrendados à autarquia.
Este negócio é assim levado a cabo, explicou o autarca, "porque o fundo tem disponibilidade financeira para o fazer" e o modelo de renda resolúvel permitirá à autarquia ficar com os espaços ao fim de 12 anos.
Os dois pavilhões atualmente devolutos na Estrada Nacional 222 pertencem à Volkswagen.
A compra vai custar três milhões de euros.
Acresce a possibilidade de construir um terceiro pavilhão de raiz.
As Oficinas Municipais estão atualmente na Avenida Vasco da Gama, numa zona urbana próxima do Parque da Lavandeira, do Centro de Alto Rendimento e do quartel do Batalhão de Sapadores de Gaia.
Em novembro do ano passado, Eduardo Vítor Rodrigues justificou esta decisão lembrando que a localização atual está "muito pressionada, sobretudo em horas de trânsito e quando saem muitos camiões".
Nas novas instalações, a autarquia pretende alojar as cerca de 700 pessoas que trabalham nesses serviços, bem como os veículos e maquinaria inerentes às funções, e criar novas acessibilidades, nomeadamente uma ligação direta à autoestrada.
Já para o local atual das oficinas, Eduardo Vítor Rodrigues idealiza uma nova biblioteca municipal, um arquivo municipal, bem como um centro de incubação.
"Mas essa decisão já não será minha", disse aos jornalistas na sessão de novembro, ideia que reiterou hoje, lembrando que este é o seu último mandato.
"A biblioteca atual ultrapassou a capacidade. Um Município como o de Gaia deve ter uma ambição maior em termos de biblioteca e polo cultural. Duplicar parece-me errado, mas ambicionar uma melhor parece-me o certo e usar a atual para, por exemplo, incubadora também", desenvolveu hoje.
A proposta foi aprovada após o PSD ter solicitado estimativas de custos para os dois projetos: nova biblioteca e deslocação das oficinas.
O presidente da autarquia não se quis comprometer com valores totais, apontando apenas que a reabilitação e adaptação dos pavilhões poderá rondar os 700 mil euros e que a criação de um novo equipamento cultural com biblioteca e arquivo, entre outras valências, "facilmente ultrapassará os 15 milhões de euros".