Gaia investe 453 mil euros em 50 contentores para aliviar pressão em escolas básicas
A Câmara de Gaia vai comprar 50 contentores por 435 mil euros para responder à pressão do número de alunos que "aumentou significativamente" em várias escolas básicas. O objetivo do investimento, que vai chegar a 11 estabelecimentos, é libertar espaços onde possam decorrer aulas e evitar o desdobramento de horários.
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A proposta foi aprovada no início de outubro em reunião de executivo. Na altura, o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues informou que o objetivo é "libertar espaços nas escolas".
Desta forma, as bibliotecas ou salas de professores serão transferidas para os contentores, e estes espaços ficam libertos para funcionar como salas de aulas.
O concurso público para a aquisição dos pré-fabricados foi publicado esta segunda-feira em Diário da República. No total, serão distribuídos 50 contentores por 11 escolas básicas do concelho.
As escolas básicas dos Carvalhos, de Aldeia Nova, da Boavista da Estrada, de Vila Chã e do Mexedinho, vão receber seis monoblocos cada.
A Escola Básica de Loureiro 2 vai ser equipada com cinco monoblocos, "tipo cantina com copa".
Já as escolas da Capela, de Laborim de Cima, a de Nicolau de Almeida, da Granja e de Brandariz. vão receber três contentores.
Embora que o ensino nos contentores possa acontecer em última instância, Eduardo Vítor admitiu que isso pode vir mesmo a acontecer. "Não vou esconder que podemos chegar a uma situação em que tenhamos mesmo que ter, em última instância, desdobramentos de horários ou ter contentores para aulas", adiantou.
O investimento é para fazer face ao "aumento significativo de alunos", motivado pela imigração: "Temos situações em que a pressão do número de alunos aumentou significativamente por causa, não da nossa natalidade, mas pela imigração e pelos novos alunos que nós temos de outros países", explicou o autarca.