A Câmara de Gaia vai contrair um empréstimo de 18,5 milhões de euros para investir na rede viária e em pavilhões. Entre as vias a melhorar, consta a estrada da Rainha. O multiusos dos Arcos de Sardão e o pavilhão municipal de Vilar do Paraíso serão outras infraestruturas a beneficiar.
Corpo do artigo
A reabilitação do edifício dos Paços do Concelho e a instalação de um sistema eletrónico de acesso ao Centro Histórico completam a lista.
A proposta foi aprovada, esta segunda-feira, em reunião de Câmara, com a abstenção do PSD, que levantou algumas questões, mas não votou contra "por se tratar de uma despesa de investimento".
Entre as observações, o PSD considerou que "alguns dos investimentos deveriam ser realizados à custa de receitas próprias, tanto mais quando o Município, fruto do crescimento das receitas fiscais no último ano, obteve resultados francamente positivos, onde se poderia acomodar essa despesa"
O Executivo socialista rebateu os argumentos sociais-democratas. Eduardo Vítor Rodrigues sublinhou que o empréstimo "não hipoteca o que quer que seja". Lembrou que o erário da Câmara está no "verde" e que, nesta altura, o Município "tem na conta 35,9 milhões de euros".
Foi mais atrás no tempo e lembrou que quando assumiu a presidência da Câmara, há oito anos, a dívida era de 300 milhões de euros, quando, agora, ronda os 100 milhões. "Abatemos dois terços da dívida", comentou, para realçar a recuperação financeira encetada. Em resposta ao PSD, referiu, ainda, que o dinheiro do empréstimo, a ser pago a médio e longo prazo, "não pode ser aplicado em despesas correntes".
Também aprovado foi o lançamento do novo concurso para construir o Centro de Saúde dos Carvalhos, agora de seis milhões de euros, pois o anterior concurso ficou deserto.
Eduardo Vítor Rodrigues anotou que o Centro de Saúde será de "nova geração", pois contará com novos serviços, nomeadamente nas áreas da Cardiologia e da Radiografia. Também terá dentista, entre outras valências.
Outro objetivo é ter "horários diferenciados". Ou seja, poder "estar aberto até mais tarde". Para tal acontecer, será necessário o reforço dos meios humanos. Mas a Autarquia adiantou, desde já, estar "disponível para suportar essa despesa". Quando houver projeto, e estiver devidamente autorizado, o tempo previsto de obra é de um ano e três meses.
Na habitação, será lançada uma oferta pública de aquisição de imóveis, de 41,5 milhões, para arrendamento acessível. O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) comparticipa a 100%. "Não haverá ónus financeiro para o Município. Estamos a ser pressionados, as pessoas precisam muito de habitação", explicou o presidente da Câmara.
Relativamente ao fogo de artifício da noitada de S. João, foi referido que teve um custo de 46 057 euros, a dividir, em partes iguais, pelas câmaras de Gaia e do Porto.