Galiza e Portugal defendem certificação do Caminho de Santiago como primeira rota cultural europeia
O presidente da Federação Ibérica do Caminho de Santiago, Ildefonso de La Campa Montenegro, declarou este sábado em Viana do Castelo que Galiza e Portugal vão defender a certificação do Caminho de Santiago como primeira rota cultural europeia.
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Aquele responsável adiantou que esta vai ser reclamada junto do Conselho Europeu, numa "estreita relação na defesa desta rota que molda a História" e que compreende "mais de 80 mil itinerários".
Ildefonso de La Campa Montenegro considerou que a certificação do caminho para Santiago de Compostela se impõe pelo facto deste ser "um elemento patrimonial vivo" e uma "realidade cultural" defendida por "mais de 330 associações em todo o mundo". Indicou também que "o Caminho Português da Costa é o que mais tem crescido e, dos cerca de 600 mil peregrinos que chegam a Santiago, trinta por cento fazem este Caminho".
As declarações do presidente da Federação Ibérica do Caminho de Santiago foram feitas no âmbito do II Fórum Peregrino, que decorreu em Viana do Castelo, nos últimos dois dias. E foram veiculadas através de um comunicado de imprensa divulgado este sábado pela autarquia. A nota refere que na sessão de abertura do evento, a presidente da Federação Portuguesa, Ana Rita Dias, sublinhou a importância da reflexão sobre o caminho secular que "está cada vez mais ativo".
"Os peregrinos são a alma do Caminho e os Caminhos de Santiago não são um trilho ou um percurso, mas uma marca com alma que deve ser respeitada como tal", vincou, lembrando que foram criadas normas de regulação dos albergues e dísticos de hospitalidade para dar resposta a um "movimento que é um património vivo".
Em representação da Diocese de Viana do Castelo, o padre Vasco Gonçalves, frisou que a Igreja tem o "desejo de integrar o renascer da peregrinação a Santiago" e que "cresce a consciência da necessidade de estruturar uma Pastoral dos Caminhos de Santiago porque a Igreja precisa estar presente para acolher, aconselhar e acompanhar os peregrinos".
E o autarca local, Luís Nobre, sublinhou que o caminho de Santiago "é um produto de relevância para os territórios que atravessa".